sexta-feira, 28 de setembro de 2018

SANTOS INTELECTUAL


SANTOS  INTELECTUAL      



Santos é uma cidade brasileira   dotada de um centro histórico e cultural entre os maiores do país, considerando a área.
Possui 4 teatros e é reconhecida como pólo de atividades artísticas por oferecer durante o ano inteiro, variada programação para todas as idades e públicos, como poesia, música, cinema, esportes,dramaturgia, artes visuais, balé e dança de rua, sem contar  eventos que preservam o folclore e as tradições religiosas.Seus museus expõem diferentes modalidades de acervos: porto, mar, pesca, arte sacra, esportes, imagem e som, surf, futebol e até a cultura do café!
Muitos santistas se empenharam nos diversos campos , ao longo dos anos ,  como: empresarial, econômico, esportivo,administrativo, político, cultural,.. . Destacamos abaixo, alguns santistas de grande relevância para o desenvolvimento Intelectual da região e do país.         
                                                       



Bartolomeu Lourenço de Gusmão

Nasceu em Santos em dezembro de 1685 e morreu em Toledo, na Espanha em 18 de novembro de 1724. Cognominado o padre voador, foi um sacerdote secular, cientista e inventor português nascido na capitania de São Vicente, em Santos, famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de "passarola".


               
Vicente de Carvalho (Vicente Augusto de Carvalho)
Advogado, jornalista, político, magistrado, poeta e contista, nasceu em Santos, SP, em 5 de abril de 1866, e faleceu na mesma cidade em 22 de abril de 1924. Dentre as suas obras literárias se destacam:   Ardentias 1885;Relicário 1888;Rosa, rosa de amor 1902;Poemas e canções 1908;Versos da mocidade 1909;Verso e prosa, incluindo o conto "Selvagem" 1909;Páginas soltas 1911;A voz dos sinos 1916;Luisinha, contos 1924.Foi membro da Academia Brasileira de Letras,ocupando a cadeira 29, sendo eleito em maio de 1909.É considerado um dos grandes nomes do Parnasianismo da Literatura Brasileira. Foi um grande defensor do abolicionismo e do regime de governo republicano.
Plínio Marcos de Barros




Nasceu em Santos em 29 de Setembro de 1935. Faleceu em São Paulo em 29 de novembro de 1999.Foi um grande escritor brasileiro, autor de inúmeras peças de teatro, escritas principalmente na época da ditadura militar. Foi também ator, diretor e jornalista.
Na década de 1980, apesar da censura do governo, que visava principalmente aos artistas, Plínio Marcos viveu sem fazer concessões, sendo intensamente produtivo e sempre norteado pela cultura popular. Escreveu nos jornais Última Hora, Diário da Noite, Guaru News, Folha de São Paulo, Folha da Tarde, Diário do Povo (Campinas), e também na revista Veja, além de colaborar com diversas publicações, como Opinião, O Pasquim, Versus, Placar e outras.
Na década de 1980, apesar da censura do governo, que visava principalmente aos artistas, Plínio Marcos viveu sem fazer concessões, sendo intensamente produtivo e sempre norteado pela cultura popular. Escreveu nos jornais Última Hora, Diário da Noite, Guaru News, Folha de São Paulo, Folha da Tarde, Diário do Povo (Campinas), e também na revista Veja, além de colaborar com diversas publicações, como Opinião, O Pasquim, Versus, Placar e outras.

Elizabeth Mendes de Oliveira


Conhecida como Bete Mendes, nasceu em Santos no dia 11 de maio de 1949. É uma atriz e militante política brasileira. 
Participou ativamente de diversos movimentos sociais e de classe, como a regulamentação profissional de artistas e técnicos em espetáculos de diversões (conquistada em 1978), apoio às greves dos Metalúrgicos do ABC paulista e o movimento pela Anistia.É associada ao Movimento Humanos Direitos.
Ao largo da carreira artística, voltada principalmente para a televisão, Bete Mendes foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores, com o qual elegeu-se deputada federal a primeira vez, na legislatura 1983-87. Foi, porém, expulsa do partido por haver votado, ainda do regime de eleições indiretas, no Presidente Tancredo Neves. Elegeu-se novamente, desta feita como Constituinte, para a legislatura seguinte (1987-91), pelo PMDB. O rompimento com o PT, entretanto, não lhe impediu de apoiar as candidaturas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive a última, em 2006, quando muitos artistas abandonaram seu apoio a ele devido ao desgaste que o partido sofreu com o escândalo que foi popularizado pela mídia como "mensalão".
Ocupou na Câmara dos Deputados o cargo de terceira-suplente de Secretário da Mesa Diretora, e ainda a titularidade na Comissão de Transportes e suplências em várias outras comissões. Foi, em 1985, autora de projeto que criava uma comissão encarregada da elaboração de projeto de Constituição - arquivado por prejudicialidade, uma vez que se decidiu posteriormente ser a Constituição elaborada por deputados eleitos para tal.
Além do mandato eletivo, foi Secretária Estadual de Cultura, em São Paulo, no período de 15 de março de 1987 a 21 de dezembro de 1988; presidiu a Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro, Funarj, em 1999, durante o governo Anthony Garotinho.


Antonio Ney Latorraca




asceu em Santos em 25 de julho de 1944.É um dos grandes atores brasileiros. Começou aos seis anos, com uma participação em uma radionovela da Record.Ingressou na TV fazendo figuração na Tupi. Participou do seriado Alô, Doçura, em 1953, da novela Beto Rockfeller, em 1968, e ainda fez uma participação de três capítulos na novela SuperPlá, em 1969. Depois fez uma passagem pela TV Cultura, onde trabalhou em um teleteatro, encenando Yerma.Em 1978, apresentou com a atriz Djenane Machado o musical Saudade Não Tem Idade, no qual cantava, dançava e apresentava esquetes. Em 1979, no musical teatral Lola Moreno, contracenou com seu padrinho Grande Otelo. Depois, em 1980, fez uma participação especial na novela Chega Mais, e, no mesmo ano, interpretou Leandro Serrano, que estuprou a cunhada, interpretada por Vera Fischer, na novela Coração Alado.

Em 2008, estreou no elenco da novela Negócio da China, vivendo o alegre e bem-humorado Edmar, apaixonado por Maralanis e sua filha, a pequena Flor de Lys.


Mário Covas Júnior


Nasceu em Santos em 21 de abril de 1930 e faleceu em São Paulo em 6 de março de 2001.Foi um engenheiro e um grande político brasileiro. 
Foi o trigésimo governador do estado de São Paulo, entre 1 de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001, quando se afastou do cargo em decorrência de um câncer que o acometeu. Como Mário Covas não renunciou ao seu mandato, ele manteve a sua condição de governador afastado até o seu falecimento, em 6 de março de 2001.Nesse ínterim, Geraldo Alckmin governou o estado na condição de governador interino, sendo inclusive citado pela imprensa como tal. Iniciou sua vida pública e 1961, quando foi candidato derrotado à prefeitura de Santos, a cidade natal. A respeito disso, Covas dizia que só não conseguiu ser eleito em duas coisas: Presidente da República e Prefeito de Santos. No ano seguinte conseguiu eleger-se para seu primeiro cargo, o de deputado federal, pelo PST. Com a dissolução dos partidos políticos em 1965, Covas seria um dos fundadores do MDB, único partido político de oposição existente durante o Regime Militar.
Em 1968, Covas era o líder da bancada oposicionista na Câmara dos Deputados, porém foi cassado em 1969, com a outorga do AI-5. Com a cassação, e a perda dos direitos políticos, Mário Covas dedicou-se à engenharia. Em 1979, reconquistados os direitos políticos, Covas retomou a luta contra a ditadura, tornando-se presidente do MDB. Foi reeleito deputado federal em 1982 pelo PMDB (sucessor do MDB), com um total de 300 mil votos. Com a posse do governador André Franco Montoro em março de 1983, seria nomeado por ele Secretário de Estado dos Transportes. No entanto, apenas dois meses depois, com o apoio do próprio Franco Montoro, venceria o grupo de Orestes Quércia dentro do PMDB e seria nomeado para a prefeitura de São Paulo, que comandaria até o primeiro dia de 1986, quando passou o cargo para Jânio Quadros. Como prefeito de São Paulo, conduziu um amplo processo de asfaltamento de ruas, de melhoramentos na periferia da cidade e de recuperação dos órgãos e serviços públicos.
Em 1986, ano em que foi instituído pelo Presidente José Sarney o Plano Cruzado, considerado pela oposição um "estelionato eleitoral" por favorecer os candidatos da situação, Covas foi eleito senador com 7,7 milhões de votos, a maior votação de um candidato a cargo eletivo na história do Brasil até então, beneficiado também pela reputação conquistada como prefeito. Foi líder da bancada do PMDB no Senado durante a Assembleia que elaborou a Constituição de 1988. Durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, alinhou-se muitas vezes às bancadas de esquerda e fez oposição ao chamado Centrão, bloco suprapartidário liberal de direita. Como senador, desde o início do mandato do presidente Fernando Collor de Mello (PRN), Mário Covas, que havia apoiado o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições de 1989, fez oposição à sua administração. Em 1994, Covas foi novamente candidato a governador de São Paulo e venceu Francisco Rossi (PDT) no segundo turno com oito milhões de votos, sendo depois reeleito em 1998 para mais quatro anos de governo.
No início de 1995, Mário Covas assumiu o estado de São Paulo declarando haver herdado inúmeras dívidas das gestões anteriores, apontando obras paralisadas e aparelhamento político de órgãos públicos, o que ocasionaria irregularidades em suas administrações.


Sérgio Mamberti



Nasceu em Santos em 22 de Abril de 1939. Formado pela Escola de Artes Dramáticas de São Paulo, é dramaturgo há mais de 40 anos. 
Ator, diretor, Intérprete eclético e desembaraçado, ligado a importantes iniciativas de fomento das atividades teatrais desde fim dos anos 1960, com sólida carreira nos palcos e na TV.
Após ter concluído, em 1961, a Escola de Arte Dramática - EAD, estréia profissionalmente em Antígone América, texto de Carlos Henrique Escobar dirigido por Antônio Abujamra, e produção de Ruth Escobar, em 1962. A partir do ano seguinte integra o Grupo Decisão, presente no elenco das importantes criações como O Inoportuno, de Harold Pinter, 1964, e, ao lado de Glauce Rocha, em Electra, de Sófocles, 1965, novamente sob o comando de Abujamra. É, porém, substituindo Edgar Gurgel Aranha na personagem Veludo, de Navalha na Carne, de Plínio Marcos, com direção de Jairo Arco e Flexa, que Sérgio ganha projeção como ator, em 1967. Na grandiosa encenação de O Balcãode Jean Genet, está presente como o Juiz, desempenho que lhe vale o Prêmio Governador do Estado de São Paulo como coadjuvante em 1969, sob a direção do franco-argentino Victor Garcia, e empreendimento de Ruth Escobar.
Após esse período, capitaneia uma iniciativa de revitalizar o Teatro Vereda, ao lado de seu irmão, o também ator Cláudio Mamberti, onde diversos projetos são levados a efeito nos primeiros anos da década de 1970. Volta aos palcos pelo Theatro São Pedro, para protagonizar Frank V, texto de Dürrenmatt, em companhia de Beatriz Segall e direção de Fernando Peixoto, em 1973. Integra o elenco de Reveillon, montagem paulistana de Paulo José, perfilado com Regina Duarte, fulgurando como ator de sucesso e abiscoitando os mais importantes prêmios do ano. Reputação aproveitada em O Jogo do Poder, uma colagem de textos shakespearianos idealizada por Barbara Heliodora e organizada por Carlos Queiroz Telles, em que pôde exibir distintas facetas de sua personalidade cênica.
Como o rei Cláudio de Hamlet, de William Shakespeare, em 1984, em montagem de Marcio Aurelio; e, como Argan, em Tartufo, de Molière, no ano seguinte, sob a direção de José Possi Neto, divide o palco com Paulo Autran.
Presente em produções de prestígio, Sérgio alia a fina compreensão do texto com um estilo desenvolto de exprimir-se, emprestando às figuras ficcionais traços de sua exuberante personalidade. Conclui a década de 1980 arrancando gargalhadas em O Amigo da Onça, transposição para o palco da impagável personagem das charges de Péricles, dirigido por Paulo Betti, 1988.
Na segunda metade da década de 1990, encontra-se à frente de novos projetos de dinamização cultural, ao lado de Mário Martini: o ciclo de leituras dramáticas Balanço Geral e a programação do Crowne Plaza, um pequeno teatro que difunde talentos emergentes e experiências cênicas, sempre com destaque e inventividade.
Volta como ator nos anos 1990 em Rancor, texto de Otávio Frias Filho dirigido por Jayme Compri, 1993; e Pérola, bem-humorada autobiografia de Mauro Rasi a partir do núcleo familiar que ganha o favor do público, permanecendo cinco anos em cartaz. Com a peça, ganha os prêmios Mambembe e Sharp de melhor ator de 1995.
Assíduo ator de televisão, esteve em muitas novelas, algumas de grande sucesso e no desempenho de personagens salientes, como em As Pupilas do Senhor Reitor, de Lauro César Muniz, em 1970; Brilhante, de Gilberto Braga, em 1981; Vale Tudo, de Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, em 1988; Anjo Mau, de Maria Adelaide Amaral, 1998. Minisséries e teleteatros, no Rio de Janeiro e São Paulo, completam seu currículo de serviços artísticos.
A militância política o acompanha há muitos anos, ocupando espaço em sua vida artística. Trata-se de um caso exemplar de ator-agitador dos intelectuais de esquerda: Sérgio teve ligações com os grupos ideológicos (em geral doutrinados pelos PCs) e ingresso posterior em uma forma nova de organização da classe trabalhadora, o Partido dos Trabalhadores, o PT. Participa ativamente das lutas e das discussões por um projeto nacional de cultura democrático, participando da coordenação nacional do Comitê de Cultura do PT com ações na área municipal, estadual e federal.


Esteves Ribeiro de Almeida Couto



Nasceu em Santos em 12 de março de 1898 e morreu em Paris em 30 de maio de 1963. Mais conhecido simplesmente como Ribeiro Couto, foi um jornalista, magistrado, diplomata, poeta, contista e romancista brasileiro.
Foi membro da Academia Brasileira de Letras desde 28 de março de 1934 (ocupando a vaga de Constâncio Alves na cadeira 26), até sua morte.
Em 1958, conquistou, em Paris, o prêmio internacional de poesia outorgado a estrangeiros, pelo livro Le jour est long (que escreveu em francês).
Sua obra mais famosa é Cabocla, adaptada duas vezes para a televisão. Muitos de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o húngaro, o servo-croata e o sueco. Seus romances retratam o dia-a-dia das pessoas humildes e anônimas dos subúrbios.


José Antônio Rezende de Almeida Prado ou Almeida Prado



Nasceu em Santos em 08 de fevereiro de 1943 e morreu em São Paulo em 21 de novembro de 2010.
Foi um importante brasileiro compositor de música clássica e um pianista. Prado escreveu mais de 400 composições e ganhou vários prêmios por seu trabalho. 
Após ganhar o primeiro prêmio por sua cantata Pequenos Funerais Cantantes, com base em um texto de Hilda Hilst, no I Festival de Música da Guanabara , em 1969, ele continuou seus estudos na Europa,com Olivier Messiaen e NadiaBoulanger em Paris 1970-1973, além de breves estudos com György Ligeti e LukasFoss em Darmstadt .
Retornando ao Brasil em 1974, Almeida Prado primeiro ensinou no Conservatório Municipal de Cubatão, e então, contratado por Zeferino Vaz, tornou-se professor da UNICAMP Instituto das Artes, aposentando-se em 2000. Depois de sua aposentadoria, ele se estabeleceu em São Paulo, onde ocasionalmente ministrou cursos de música e apresentou um programa de rádio na Cultura FM.
Em janeiro de 2007, sua cantata Hiléia, Um Mural da Amazônia, baseado no poema de mesmo nome, por Ives Gandra Martins, foi realizado no Carnegie Hall pela Orquestra Bachiana Filarmônica de São Paulo conduzido por João Carlos Martins.


Francisco Cassiano Botelho Júnior (Santos, SP, 1948 - Rio de Janeiro, RJ, 1991). Fotógrafo, roteirista, cineasta e professor universitário. Nasce em Santos, onde vive até os 16 anos, quando se muda com a família para São Paulo. Em 1966, inicia curso de engenharia mecânica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e, paralelamente, dá aulas particulares de matemática. Conclui apenas o primeiro ano da graduação e, em 1969, ingressa no curso de cinema, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), formando-se em 1973. No ano seguinte, torna-se professor de fotografia no setor de cinema da ECA e prossegue com a carreira acadêmica, defendendo dissertação de mestrado e tese de doutorado na mesma universidade. 
O trabalho como diretor cinematográfico tem início com os curtas-metragens produzidos pela ECA/USP: Gare do Infinito (1972)Os Cinco Patamares (1972), Exposiçã - Henrique Alvim Correa (1974) e Corpo de Baile (1974), todos codirigidos por Ella Dürst (1951).
Em 1981, em parceria com seis cineastas, funda a produtora Tatu Filmes que, com outras produtoras instaladas no bairro paulistano da Vila Madalena, compõem o chamado cinema da Vila. Na mesma época, preside a Associação Paulista de Cineastas (Apaci), voltada à reflexão e à articulação de políticas para o campo cinematográfico paulista.
Com recursos da Embrafilme, roteiriza e dirige seu primeiro longa, Janete (1982), premiado em festivais nacionais. Em 1984, com financiamento da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, filma o curta A Longa Viagem, documentário sobre a geração hippie. Em 1985, desliga-se da Tatu Filmes e, com Maria Ionescu (1958), funda a Orion Cinema e Vídeo. No ano seguinte, dirige seu segundo longa, Cidade Oculta (1986), filme mais premiado de sua carreira, alcançando sucesso de público e de crítica.
Realiza videoclipes para a gravadora Polygram e colabora como assistente de fotografia e roteirista em produções de cineastas, sobretudo paulistas. De 1989 a 1990, é representante dos realizadores cinematográficos no Conselho Nacional de Cinema (Concine). Em 1991, graças ao prêmio recebido da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, filma o documentário A Cidade e o Corpo. Falece no mesmo ano, na cidade do Rio de Janeiro, onde realizaria a direção de fotografia da série Paisagens Urbanas, de Nelson Brissac Peixoto (1951), co- produzida pela TV Cultura.

José Roberto Eliezer



Atividade: Diretor de fotografia
Nascido em 1954, em Santos, São Paulo, mais conhecido como Zé Bob. Formado em cinema pela USP, é um dos sócios fundadores de Associação Brasileira de Cinematografia. Iniciou sua carreira no cinema em 1975 como assistente de câmera. Seu primeiro filme como diretor de fotografia foi Janete (1982), de Chico Botelho, que lhe rendeu o prêmio de melhor fotografia no Festival de Gramado de 1983. Dedicou-se também a dezenas de curtas e documentários, e centenas de comerciais. 

Filmografia selecionada:

Assalto ao Banco Central (2011), de Marcos Paulo
Luz nas trevas – A volta do bandido da luz vermelha(inédito), de Helena Ignez e Ícaro Martins
HighSchool Musical–  O desafio (2010), de César Rodrigues
Cabeça a prêmio (2010), de Marco Ricca
Encarnação do demônio (2008), de José Mojica Marins
Se eu fosse você (2006), de Daniel Filho
O cheiro do ralo (2006), de Heitor Dhalia
Caixa dois (2007), de Bruno Barreto
O cheiro do ralo (2006), de Heitor Dhalia. Prêmio de melhor fotografia pela Associação Brasileira de Cinematografia (ABC).
Cafundó (2005), de Paulo Betti e Clóvis Bueno. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Gramado 2005.
O coronel e o lobisomem (2005), de Maurício Farias
A dona da história (2004), de Daniel Filho
Nina (2003), de Heitor Dhalia
A Grande Arte (1991), de Walter Salles. Prêmio APCA de melhor fotografia.
Anjos da Noite (1987), de Wilson Barros. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Gramado e Brasília, ambos de 1987.
A dama do Cine Shanghai (1987), de Guilherme de Almeida Prado. Prêmio de melhor Fotografia no Festival de Gramado de 1988.
Cidade Oculta (1985), de Chico Botelho. Prêmio de melhor fotografia no Rio Cine Festival de 1988.
Janete (1982), de Chico Botelho. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Gramado de 1983.
Hélcio Nagamine

Diretor de fotografia formado em Comunicação Social com especialização em Cinema pela USP. Iniciou a carreira de diretor de fotografia de documentários no início dos anos 1990. Além de cinema, faz TV e publicidade. Estreou como fotógrafo de cinema em 1996 com o curta Pedro e o Senhor (1998), de Luiz Bolognesi. Cinco anos mais tarde, seu trabalho no curta. Palíndromo (2011), de Philippe Barcinski, levou o prêmio de melhor fotografia no Prêmio ABC.
Filmografia selecionada:
 
Talvez uma história de amor (2016), de Rodrigo Bernardo.
Se Deus vier que venha armado (2014), de Luis Dantas
O outro lado do paraíso (2014), de André Ristum
O concurso (2013), de Pedro Vasconcelos
Super Nada (2012), de Rubens Rewald e RossanaFoglia
Meu país (2011), de André Ristum
No olho da rua (2010), de Rogério Corrêa
Querô (2007), de Carlos Cortez
Palíndromo (2001), de Philippe Barcinski

Carlos Renato Neiva Moreira
Nascido em 1953, foi sócio-fundador da Barca Filmes e realizou os filmes Harmonia (2000); O Tronco (1999); Oceano Atlantis (1993); Anjos da Noite (1987) prêmio de Melhor Montagem do Festival IV Rio Cine Festival; O Baiano Fantasma (1984); A Próxima Vítima (1983), prêmio Governador do Estado de SP como Melhor Montagem; Os Amantes da Chuva (1979); Branco e Preto – Norte e Sul (1978), prêmio de Melhor Montagem no Curta IV Rio Cine Festival e no Rio Cine; Renovo (1982) que dirigiu e venceu o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Cinema de Brasília; Esses e Outros Bichos (1980), sob sua direção, foi escolhido para o Festival de Cinema de Aveiros, em Portugal e a Jornada de Cinema de Salvador; Ori (1989), documentário longa, foi exibido em todos os continentes. Na televisão, trabalhou na TV Cultura na série O Mundo da Lua, com edição e montagem.

Rubens Ewald Filho 
Nasceu em Santos7 de março de 1945 um jornalistacrítico de cinema, apresentador e diretor teatral brasileiro.
Formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), foi crítico de cinema do portal R7  e trabalhou nos maiores veículos de comunicação do país, entre eles RedeTV!Rede GloboSBTRede RecordTV Culturarevista Veja , Jovem Pan, e Folha de S.Paulo, além de HBOTelecine e TNT, onde está com o programa TNT+Filme e onde comenta as entregas do Oscar. Também é o crítico de cinema da Rádio Bandeirantes e comentou os filmes exibidos no Cine Clube, da Rede Bandeirantes. O crítico também aparece em inserções na programação da rádio A Tarde FM de Salvador/BA. Atualmente exerce o cargo de Secretário da Cultura de Paulínia-SP.
Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 37.500 filmes entre longas e curta-metragens,[3] e é sempre requisitado para falar dos indicados na época de premiações. No Oscar, comenta desde 1985. Antes, reportagens de telejornais acompanhavam a cerimônia em seu apartamento, onde ele recebia amigos e fazia bolões.
Trabalhou em 11 roteiros,5 dramaturgias ,e direções e um livro.
José Martins Fontes


Nasceu em Santos, 23 de junho de 1884 e morreu em  25 de junho de 1937, foi um médicopoeta e tradutor brasileiro. É considerado o melhor poeta de sua geração na lusofonia, e um dos dez melhores na língua portuguesa.Sua obra literária é bastante volumosa, chegando actualmente a cinquenta e nove títulos publicados, em poesia e prosa,atualmente editadas em Portugal, sob coordenação de seu biógrafo oficial, Rui Calisto.
Foi titular da Academia das Ciências de Lisboa e, ao longo de sua vida, recebeu os títulos de comendador da Ordem de São Tiago da Espada, Cavaleiro da Espanha, Par da Inglaterra entre outras distinções. É patrono da cadeira n.° 26 da Academia Paulista de Letras.Escreveu mais de 40 livros .


Jandira Lúcia Lalia Martini 

Nasceu em Santos10 de julho de 1945 uma atriz e autora brasileira de peças teatrais bem como de roteiros para cinema e televisão.
Jandira é amiga de longa data do também ator e autor Marcos Caruso, com quem co-escreveu diversos sucessos para o teatro e televisão.
Teve destaque na televisão em 1987 interpretando a poderosa Teodora na novela Sassaricando. Antes havia feito somente papéis pequenos ou participações especias em diversas produções, como Ilusões PerdidasBeto RockfellerUma Rosa Com AmorSaramandaiaDancin' DaysRoda de Fogo e outros.

Em 1990 fez a novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, com um papel de destaque, na Rede Manchete. Ainda na Manchete, fez a minissérie O Fantasma da Ópera. No SBT, participou de Éramos SeisSangue do Meu Sangue e Brava Gente.Cinco anos mais tarde retorna a Rede Globo, em 2001, na minissérie Os Maias e no mesmo ano fez O Clone. Continua na Globo até hoje, nesse tempo fez AméricaDesejo ProibidoCaminho das ÍndiasMorde & Assopra e Salve Jorge.
Atuou em 18 novelas, em 3 filmes e em 22 peças teatrais. Foi autora de 9 peças teatrais e diretora de 4 peças teatrais.

José Bonifácio de Andrada e Silva





José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) nasceu em Santos.Terminou seus estudos preliminares com 14 anos de idade, sendo levado para São Paulo, onde estudou francês, lógica, retórica e metafísica, com o Bispo Manuel da Ressurreição. Concluído os estudos, foi para o Rio de Janeiro, de onde seguiu para Portugal. No dia 30 de outubro de 1783 matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra. Estuda também filosofia, história, química e matemática.
Foi um naturalista, estadista e poeta brasileiro, conhecido pelo epíteto de “Patriarca da Independência” por seu papel decisivo na Independência do Brasil. Em 11 de janeiro de 2018 foi declarado oficialmente Patrono da Independência do Brasil, por meio de Lei nᵒ 13.615/2018. 

É formado pela   Universidade de Coimbra em Direito, Filçosofia e Mineralogia.Lutou como soldado contra as tropas de Napoleão. Foi secretário da Academia de Ciências de Lisboa, foi vice-presidente da província de São Paulo e Ministro do Príncipe Regente D. Pedro.Em 1789, José Bonifácio já formado, foi convidado pelo Duque de Lafões, primo da rainha D. Maria I, para fazer parte da Academia de Ciências. Seu primeiro trabalho foi "Memórias sobre a Pesca das Baleias e Extração de seu Azeite".
No fim do século XVIII, com a queda da produção das minas de ouro no Brasil, por determinação da coroa, José Bonifácio é escolhido para percorrer a Europa com o objetivo de adquirir conhecimentos de mineralogia, filosofia e história natural.
Com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão e com a ida da família Real para o Brasil, teve início um movimento clandestino de libertação. José Bonifácio lutou com os invasores, chegando ao posto de tenente-coronel. Em 1819, após 36 anos, volta ao Brasil e é designado para presidir a eleição constituinte na província de São Paulo. Quando D. Pedro assumiu a regência, o nomeou para Ministro de Reino e de Estrangeiros.
Em apenas nove meses de Ministério, José Bonifácio conseguiu aplainar o caminho da independência. A proclamação ocorreu como planejara. Dois meses depois, em decorrência de desentendimentos Bonifácio pede demissão. Em 30 de outubro D. Pedro chama-o de volta e no dia 1 de dezembro de 1822, D. Pedro é coroado.
A Assembleia Constituinte iniciou seus trabalhos, mas Bonifácio não confiava nela, por outro lado seu plano pela abolição da escravatura desagradava os fazendeiros. Bonifácio seria vítima da contradição. Liberal na administração não o era na política. A Marquesa de Santos intrigava-o com o imperador. Os conflitos políticos o levaram ao exílio no sul da França.
José Bonifácio permaneceu preso em sua casa na ilha de Paquetá. Morreu no dia 6 de abril de 1838.

Nuno Leal Maia


Nasceu em Santos no dia 17 de outubro de 1947.
É um ator e ex-futebolista brasileiro. Ficou conhecido pelos filmes das décadas de 1970 e 1980, além dos papéis notáveis em telenovelas. É ex-jogador de futebol, chegando a jogar pelo juvenil do Santos Futebol Clube, do qual é torcedor e foi treinador de futebol, atuando no Londrina Esporte Clube, e outros.Estudou artes cênicas na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Na televisão, destacou-se bastante na figura do "paizão maneiro", "gente fina", do bicheiro "Tony Carrado", do surfista "Gaspar Kundera" e do divertido e cheio de ginga "Jurandir", teve memoráveis atuações nas telenovelas  A Gata ComeuTop ModelMandalaVamp e História de Amor.                                                                                                                                                                                                                     
Atuou em 36 novelas, 37 filmes e 2 peças teatrais.
Obteve de melhor ator coadjuvante em novella dos anos de 2000, 2001 e 2002.

Alexandre Borges Correia 




É um  brasileiro nascido na  cidade de Santos em 23 de fevereiro de 1966.         
Integrou o grupo de teatro Boi voador, dirigido por Ulysses Cruz, com quem estreou em 1985, na peça Velhos Marinheiros de Jorge Amado. Entre 1985 e 1989, esteve presente em diversos espetáculos promovidos pelo grupo como Corpo de Baile, de Guimarães Rosa, e Pantaleão e as Visitadoras, de Mario Vargas Llosa.
Sua primeira atuação no cinema, deu-se com o curta Paixão Cigana, de 1991. Atuou em sua primeira novela, já como protagonista em Guerra sem Fim da extinta Rede Manchete, onde conheceu sua ex-esposa. Contracenou também na peça Hamlet, em 1993, no Teatro Oficina, sob a direção de José Celso. Sua estréia na Rede Globo foi em 1994, com uma participação na minissérie Incidente em Antares. Mas o sucesso e o reconhecimento só vieram no ano seguinte, quando interpretou Luís Cláudio, uma das personagens centrais da minissérie Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados. Em pouco tempo, tornou-se um dos atores mais requisitados da emissora
Atuou em novelas, miniséries,teatro e também produziu filmes e dirigiu peças teatrais Foi ator em 46 novelas e miniséries,produziu 34 filmes. Foi premiado em 1966,2001,2002,2003,2004,2010 e 2014.

Oscar  Jose Magrini

Nasceu em 02 de setembro de 1961 em Santos. Foi professor de educação física, dono de locadora de vídeo e academia de ginástica na cidade natal. Também trabalhava como modelo fotográfico. Largou os negócios para investir na carreira artística. Começou fazendo figurações e comerciais. Depois, sua carreira deslanchou e, no cinema, começou em 1981, no filme Os Saltimbancos Trapalhões. Depois, Aguenta, Coração (1984), As Aventuras de Mário Fofoca (1992), Perfume de Gardênia (1992), Capitalismo Selvagem (1993), Glaura (1997 - curta-metragem), A Hora Mágica (1998), O Dia da Criança (1999), Zoando na TV (1999), Carandiru (2003), Didi, o Cupido Trapalhão (2003) e Onde Andará Dulce Veiga? (2008).



Na TV, Magrini começou na Rede Globo, fazendo a novela Deus nos Acuda, em 1992. Em 1993, participou de Mulheres de Areia. Em 1994Quatro por Quatro. Em 1995As Pupilas do Senhor Reitor, no SBT. Voltou à Globo e fez, em 1996O Rei do Gado. Em 1997O Amor Está no Ar. Em 1998Torre de Babel, e a minissérie Dona Flor e Seus Dois Maridos. Em 1999Vila Madalena, assim como fez uma participação na quarta temporada do Sai de Baixo. Em 2000Marcas da Paixão, na TV Record. Depois, Magrini foi para Portugal e fez lá as novelas: Ganância e A Senhora das Águas. Voltou em 2002 e fez, na Globo, Esperança. Em 2003, fez no SBT, Canavial de Paixões. Outra vez na Globo, fez, em 2004, Cabocla. Em 2005Malhação. Em 2006Sinhá Moça. Em 2007Pé na Jaca e uma participação especial em Paraíso Tropical. No mesmo ano, atuou em Duas Caras. Em 2008Negócio da China. E, em 2009, fez os capítulos finais da novela Paraíso.
No teatro, estreou em 1990 com a peça Uma Ilha para Três. Fez, entre outras peças, Isadora Duncan - é Dançando que a Gente se Aprende. Em 2010, esteve em cartaz com a peça Escola de Mulheres.
.Atuou em 39 novelas e 11 filmes.

Pedro Bandeira de Luna Filho



Nasceu em Santos9 de março de 1942. É um escritor brasileiro de livros infanto juvenis. Recebeu vários prêmios, como o Troféu APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, entre outros.
Pedro Bandeira é o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil (vinte e três milhões de exemplares até 2012) e, como especialista em letramento e técnicas especiais de leitura, profere conferências para professores em todo o país. É autor da série OsKaras, de O Fantástico Mistério de Feiurinha e de A Marca de uma Lágrima, entre mais de 80 títulos publicados e ainda à venda até 2012.
Além de ser professor, trabalhou em teatro profissional até 1967 como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos. Mas, desde 1962, Pedro já trabalhava também na área de jornalismo e publicidade, começando no jornal Última Hora, sucursal de São Paulo, e mais tarde na Editora Abril, onde escreveu para diversas revistas e fascículos. Como freelancer, desde 1972 passou a escrever pequenas histórias para revistas de banca desta e de outras editoras.
Seu primeiro livro foi O dinossauro que fazia au-au, voltado para as crianças, que fez um grande sucesso. Mas foi com A Droga da Obediência, voltado para adolescentes (que ele considera seu público alvo) que ele se consagrou, tendo já este título vendido 1,6 milhão de exemplares até 2012. Além deste, O Fantástico Mistério de Feiurinha, que ganhou o Prêmio Jabuti de 1986, logo se tornou um clássico.A partir de 1983, Pedro Bandeira dedicou-se inteiramente à literatura. Pedro chegou a vender mais de um milhão de livros em um único ano (1996) - em toda a carreira, são mais de 23 milhões de exemplares vendidos até 2012. É considerado o autor de literatura juvenilcom o maior número de obras vendidas. Publicou 46 obras literárias.Obteve o Prêmio Jabuti na Categoria Literatura Infantil no ano de 1986.


Gilberto Ambrósio Garcia Mendes 

Nasceu em Santos13 de outubro de 1922 e morreu em  Santos1º de janeiro de 2016) foi compositorprofessor universitário e autor de livros e artigos sobre música. Gilberto Mendes iniciou seus estudos de música aos 19 anos no Conservatório de Santos, incentivado por Miroel Silveira, tendo sido aluno de Savino de Benedictis (harmonia) e Antonieta Rudge (piano). Recebeu posteriormente orientação de Cláudio Santoro e Olivier Toni (composição) e frequentou ainda os Ferienkurse für Neue Musik em Darmstadt, na Alemanha, em 1962 e 1968.
Conferencista e autor de artigos em revistas e jornais brasileiros, foi também professor colaborador em disciplinas relacionadas à linguagem musical pelo Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em São Paulo, contratado por Olivier Toni. Como professor universitário atuou também nos Estados Unidos, como professor visitante na Universidade do Texas em Austin, atendendo a convite de Gerard Henri Béhague, e na Universidade de Wisconsin em Milwakee, na qualidade de University Artist (1978-1979) e Tinker Visiting Professor[2]. Deu aulas também na PUC-SP e na UnB. Já aposentado pela ECA-USP, chegou a ministrar cursos e palestras no recém fundado Curso de Música pela USP em Ribeirão Preto, após 2002.
Sua primeira obra composta foi Episódio (1949), para voz aguda e piano, com poema de Carlos Drummond de Andrade.
Por iniciativa de Eunice Katunda, sua primeira obra divulgada em público foi Peixes de Prata (1955), com poema de Antonieta Dias de Moraes, inicialmente composta para canto e piano, e, posteriormente, orquestrada pelo próprio compositor, por ocasião da trilha gravada pela Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto para o filme O dono do mar (2006), dirigido por seu filho Odorico Mendes.
Seu Motet em Ré menor - Beba Coca-Cola (1966) tornou-se um clássico do repertório coral a cappella do século XX.
Já em Vila Socó, Meu Amor (1984), para coro feminino a cappella, Gilberto Mendes, em analogia ao filme Hiroshima mon amour, homenageia os 93 mortos no incêndio da favela Vila Socó, de Cubatão, em 1984. Ele escreveu a música dias após a catástrofe, tendo composto também a letra: "Não devemos esquecer os nossos irmãos da Vila Socó, transformados em cinzas, lixo em pó. A tragédia da Vila Socó mostra como o trabalhador é explorado, esmagado sem nenhum dó".
Em 1997, musicou o poema O anjo esquerdo da História, de Haroldo de Campos, que fala sobre os 19 sem-terra assassinados em Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17 de abril de 1996 - data que se tornou o Dia Mundial da Luta Camponesa e Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.
Um dos pioneiros da música concreta no Brasil, foi um dos signatários do Manifesto Música Nova (1963), publicado pela Revista Invenção Ano II, nº 3, junho de 1963. Foi porta-voz da poesia concreta paulista, do grupo Noigandres. Como consequência dessa tomada de posição, tornou-se um dos pioneiros no Brasil no campo da música concreta, da música aleatória, da música serial integral , mixed média, experimentando ainda novos grafismos, novos materiais sonoros e a incorporação da ação musical à composição, com a criação do teatro musical, do happening.
Gilberto Mendes foi fundador, diretor artístico e programador do Festival Música Nova em Santos de 1962 a 2010, a mais antiga e importante mostra internacional de música contemporânea em toda a América. Por sua decisão pessoal, em 2012, o festival foi transferido para Ribeirão Preto, desde então nomeado Festival Música Nova "Gilberto Mendes", tornando-se um festival com cursos, palestras, master classses e voltado para a formação de jovens músicos e compositores, abrigado na USP (universidade na qual atuou e chegou a se aposentar, na condição de professor doutor).



Haroldo de Melo Lara 

Nasceu em Santos9 de junho de 1934 .Foi um nadador e cantor lírico brasileiro.
Haroldo Lara começou a nadar no Saldanha da Gama e se especializou na prova dos 100 metros nado livre. Tinha o hábito de cantar no chuveiro após os treinos.Foi campeão paulista, brasileiro e sul-americano no período entre 1949 e 1956, estabelecendo diversos recordes nos 100, 200 e 400 metros livre. Foi tricampeão da Travessia do Canal a Nado de Santos.
Participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 1952 em Helsinque, onde nadou a prova dos 100 metros nado livre, ficando com o quinto melhor tempo, e o revezamento 4x200 metros nado livre.
Também participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 1956 em Melbourne, ficando com o quarto lugar nos 100 metros livre.
Dono de  voz de timbre privilegiado, foi descoberto pelo governo italiano durante uma apresentação informal na Austrália em 1957, recebendo convite para estudar canto lírico no Conservatório Santa Cecília, em Roma; abandonou então a natação e iniciou a carreira de cantor. Para se sustentar em Roma, dava aulas de natação. Apresentou-se em todo o mundo.
Morou nos Estados Unidos por doze anos e, depois, retornou à Itália. Em 2004, recebeu o título honorário de Cavalieri della Repubblica do governo italiano, por sua contribuição para a música clássica.

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Renato Teixeira de Oliveira 






Nasceu em Santos20 de maio de 1945. É um compositor e cantor brasileiro.
Teixeira é autor de conhecidas canções, como "Romaria" (grande sucesso na gravação de Elis Regina, em 1977), "Tocando em Frente" (em parceria com Almir Sater, gravada também por Maria Bethânia), "Dadá Maria" (em dueto com Gal Costa), "Frete" (tema de abertura do seriado Carga Pesada, da Rede Globo, além de "Amanheceu", também criou, junto com Sérgio Mineiro e Sérgio Campanelli o jingle "Balas de leite Kids", entre outros.
Em 1990, apresentou o programa Tom Brasileiro na Rede Record, no qual, além de cantar, apresentava artistas que valorizavam a música nacional.
Em dezembro de 2015, Renato Teixeira e Almir Sater lançaram o álbum AR nas plataformas digitais. Apesar de parceiros musicais e amigos de longa data, foi a primeira vez que os artistas realizam um projeto juntos. Gravado entre o Brasil e NashvilleEstados Unidos, com produção do norte-americano Eric Silver, o álbum traz 10 músicas inéditas compostas pela dupla. 

Celso Luiz Nunes Amorim 





Nasceu em Santos3 de junho de 1942. É é um diplomata brasileiro e ex-ministro da defesa. Ao longo de sua carreira, ocupou por duas vezes o cargo de ministro das Relações Exteriores do Brasil. Influenciado pelo trabalho de Ulysses Guimarães, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), mas não teve militância partidária. Atualmente é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).[2] Foi cotado pelo partido para disputar o cargo de Governador do Rio de Janeiro nas eleições de 2018, mas o PT acabou desistindo da candidatura dele.  Em 7 de outubro de 2009, David Rothkopf, um comentarista da revista estadunidense Foreign Policy indicou Amorim como "o melhor chanceler do mundo".[6]
No dia 5 de março de 2015, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual da Paraíba.
Celso Amorim formou-se pelo Instituto Rio Branco em 1965, obtendo título de pós-graduação em Relações Internacionais pela Academia Diplomática de Viena, na Áustria, em 1967.
Amorim se graduou em primeiro lugar de sua turma no Instituto Rio Branco. Como prêmio, ele foi enviado em 1966 à Academia Diplomática de Viena, onde ele foi capaz de terminar a sua tese e retornou ao Rio de Janeiro antes de ser enviado para o seu primeiro posto como diplomata em Londres. Como aluno de Ralph Miliband passou três anos na London School of Economics onde concluiu todos os créditos necessários para a sua formatura. Em seguida, foi enviado à OEA, Washington DC, antes da apresentação de sua tese, cuja qualidade seu autor julgara suficiente para um doutorado. Foi professor de Língua Portuguesa do Instituto Rio Branco, professor de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e foi membro da Área de Assuntos Internacionais do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.Em 1979 foi convidado por Eduardo Portela, Ministro da Educação e Cultura, com o apoio da classe cinematográfica para assumir a Embrafilme, por sugestão do colega diplomataescritor e cineasta Edgard Telles Ribeiro. Mudou-se para o Rio de Janeiro, sede da empresa, onde Amorim trabalhou com Ruy Guerra, fazendo edição e continuidade do filme "Os Cafajestes". Atuara também como assistente de Leon Hirszman em um dos episódios de "Cinco Vezes Favela". Foi demitido da empresa depois de liberar financiamento para o filme Pra frente, Brasil, de Roberto Farias, que exibe cenas de tortura de presos políticos durante a ditadura militar.
De sua vida política precoce como diretor-geral da Embrafilme, entre 1979 e 1982, e sua carreira ainda mais precoce, como cineasta, deixou para os filhos a carreira que nunca abraçou completamente: com exceção da filha Anita, seus filhos Vicente AmorimPedro Amorim e João Gabriel estão no cinema.
A história de Celso Amorim no serviço público iniciou em 1987, quando se tornou secretário para Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia, desempenhando tal posição até o ano de 1989. Foi então selecionado para o cargo de diretor-geral para Assuntos Culturais no Ministério das Relações Exteriores, à época chefiado por Abreu Sodré.
Assumiu nova posição em 1990, sendo nomeado diretor-geral para Assuntos Econômicos. Em 1992 assumiu pela primeira vez a chefia de uma missão no exterior, ao tornar-se representante do Brasil no Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). Nesse período foi o negociador chefe do Brasil na Rodada Uruguai, que culminou posteriormente no GATT-1994 e na criação da Organização Mundial do Comércio,
Foi Ministro da Relações Exteriores de 1993-1995 e de 2003-2010, Embaixador brasileiro no exterior de 1995-2003 e i Ministro da Defesa de 2011-2015.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
cafepasa.blogspot.com/2013/02/santistas-ilustres.htm

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