O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam e interagem.
Em resumo, o meio ambiente engloba todos os elementos vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na Terra. É tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os seres humanos, dentre outros.
E a Cidade de Santos é rica em relação ao seu meio ambiente.
E a Cidade de Santos é rica em relação ao seu meio ambiente.
SANTOS ESTÁ DIVIDIDA EM DUAS ÁREAS: áREA INSULAR E ÁREA CONTINENTAL
A Área Insular: Estende-se sobre a Ilha de São Vicente, cujo território é dividido com o
município vizinho de São Vicente. Com uma área de 39,4 km², densamente urbanizada, abriga quase a totalidade
dos habitantes da cidade. Sobre a região plana da ilha de São
Vicente já não há quase vegetação, devido ao alto processo de impermeabilização
do solo urbano. Na região norte da ilha, nos bairros da Alemoa, do Chico de Paula e do
Saboó ainda verificam-se resquícios de manguezais.
A Área Continental: Estende-se por 231,6 km², representando a maior parte do território do
município. Quase 70% dessa área é classificada como Área de Proteção Ambiental por estar situada dentro dos
limites do Parque Estadual da Serra do Mar e por abrigar uma grande área de Mata Atlântica nativa sobre as escarpas da Serra
do Mar.
Nas partes planas da área continental encontram-se vastas extensões de
manguezais ao longo do Canal de Bertioga, cortadas por rios que formam meandros
na planície: rios Diana, Sandi, Iriri e Quilombo. Os vales desses rios em geral são ocupados por sítios
e bananais, a atividade rural apresentando-se em geral bem rudimentar.
SANTOS ESTÁ DIVIDIDA EM DUAS ÁREAS: áREA INSULAR E ÁREA CONTINENTAL
AS BELEZAS DE NOSSA NATUREZA QUE POUCOS CONHECEM E QUE VALE A PENA CONHECER
A parte Continental de Santos ainda é um local
pouco explorado e pouco conhecido. Como a cidade
está concentrada na parte insular, muitas vezes esquecemos
que, do outro lado da margem esquerda do canal
do porto, temos uma área seis vezes maior de pura mata
atlântica e doze bairros, na maioria formados por caiçaras
que ainda traduzem em seus hábitos diários as dificuldades
de sobrevivência do início do século XX. para a
maioria deles, o cultivo da banana, a pesca e a catação
de caranguejo e siri são suas atividades de subsistência.
os moradores vendem seus produtos nas margens das
rodovias Piaçaguera–Guarujá (Cônego Domênico Rangoni)
e Rio–Santos.
No bairro Vale do Quilombo, encontramos ruínas de
senzalas, casas-grandes, alambiques e capelas que
constituíram as grandes fazendas de bananas dos séculos
passados. Outro ponto histórico fundamental é que,
nesse local, foram doadas por Martim Afonso de Sousa
as primeiras Sesmarias Brasileiras: uma para Pero Goes
e outra para Ruy Pinto. Não é de se estranhar essas
doações na Área Continental de Santos, pois na ilha o
terreno era alagadiço e exposto às intempéries; já no
continente, o solo era protegido pelo maciço de São Vicente.
Seguindo um pouco mais na Piaçaguera, temos
o Sítio Itabatatinga que, de 1930 a 1935, pertenceu a
João esteves martins. Esse é um local também rico em
histórias de escravos, grutas, esconderijos e uma variedade enorme de frutas nativas, ainda pouco conhecidas.
Mais à frente temos o Sítio das Neves, de Pero Goes
que, em 1546, fundou o Engenho de Madre de Deus (o
primeiro do Brasil). As ruínas da capela foram retratadas
por Benedito Calixto em quadro exposto na Pinacoteca,
com esse nome.
Outro local deveras inusitado é o bairro de Guarapá,
local onde existe há muitos anos uma criação de búfalos
da raça Murrah, onde anteriormente foi uma enorme fazenda
de bananas.
No cruzamento da antiga Piaçaguera–Guarujá com a
Rio–Santos, temos o bairro de Monte Cabrão, cujo nome
deriva da presença do monte bem no meio da área, circundada
pelos moradores com suas residências. Andando
pela rua estreita, chega-se à Capela de São Pedro
Pescador, com afrescos pintados por missionários.
Já na Rodovia Rio–Santos temos o bairro Cabuçu - Caetê cujas trilhas ecológicas têm córregos, cachoeiras,
e fauna e flora exuberantes. Sua antiga fazenda é uma
referência histórica para a Baixada Santista, pois, no período da colonização, o lugar serviu de abrigo à Companhia de Jesus que ali montou um posto para catequizar os índios.
O bairro Caruara é o que faz limite com Bertioga e é o
mais habitado e bem aparelhado, com uma avenida central
asfaltada. Antes da rodovia, só era possível chegar
até lá de barco pelo Canal de Bertioga.
Os outros bairros demarcados são, em sua maioria, habitados
por muito poucas pessoas. Para se ter uma ideia,
no bairro Iriri a energia elétrica só chegou em 2008.
A área continental de Santos é uma bela surpresa
para os amantes da natureza e da paz.
FAUNA E FLORA
Com alto índice pluviométrico, a área continental de
Santos é irrigada pelos rios Diana, Jurubatuba, Quilombo
e Iriri - Macuco que, com suas corredeiras, criam recantos
maravilhosos, como o Poço Verde. A riqueza desse
ecossistema é tanta que quase 70% da região é considerada
área de proteção ambiental por estar em meio à
Mata Atlântica com sua diversidade de cores e formas e
ladeada pela Serra do Mar. Descendo junto com os rios
entramos em outra formação: o mangue, localizado no
estuário, e seguindo ao longo do Canal de Bertioga. Seu
solo, com características lodosas, é bastante rico em
nutrientes e matéria orgânica, e é composto de raízes e
material vegetal parcialmente decomposto, por isso sua
cor escura. Entre as raízes das plantas, temos os caranguejos,
esses crustáceos que adoram se alimentar de
peixes e matéria orgânica.
AS ILHAS
Ilha Diana |
Santos possui ilhas bem distintas entre si, como a dos
Bagres, no Largo do Carnéu, localizada no lado esquerdo do estuário, totalmente
virgem e abrigando aves aquáticas como garças-azuis, guarás (em número que
chega a ¼ dos exemplares dessa espécie no Sudeste brasileiro), colhereiros,
biguás, tucanos, papagaios, talha-mares, batuíras-de-bando e gaviões-
asa-de-telha; seus arredores são ricos em mexilhões. A ilha Barnabé, localizada
também no lado esquerdo do estuário, não é aberta a visitantes, pois lá se
concentram terminais de produtos químicos. O local é administrado pela Companhia
Docas do Estado de São Paulo. O primeiro proprietário da ilha Barnabé foi Brás
Cubas que mantinha uma fazenda ali; na época era chamada Ilha Pequena. Depois
pertenceu aos jesuítas que a denominaram Ilha dos Padres. Mas foi Barnabé
Francisco Vaz de Carvalhães, comendador e importante negociante local, que
construiu um belíssimo solário a fim de receber a sociedade em encontros de
negócios e festas suntuosas. As ruínas dessa casa continuam visíveis na
ilha.
A ilha Diana é habitada por uma comunidade tipicamente
caiçara, e está bem na foz do rio Diana e do Canal de Bertioga, contornando a
Base Aérea de Santos. A maioria dos habitantes é descendente de cinco antigas
famílias de pescadores. Quase todos trabalham na pesca e no porto. A
arquitetura local é marcada por chalés que exibem em sua construção a tradição
dos imigrantes portugueses do século XIX. Sua maior atração é a festa do Senhor
Bom Jesus da Ilha Diana, que acontece no dia 6 de agosto e tem procissão,
missa, campeonato de futebol e festa com pratos típicos como a tainha assada, o
lambe-lambe e panquecas de marisco do mangue.
Ilha Urubuqueçaba |
Já a ilha Urubuqueçaba — que, em tupi-guarani, significa
pouso dos urubus —, possui remanescentes da Mata Atlântica, muitas
pitangueiras, figueiras, jeribás e palmeiras. É uma ilha que permanece intocada
em pleno século XXI. Situada na divisa das cidades de Santos e São Vicente,
pode ser alcançada a pé, mas com cautela para o visitante não ficar preso sem
ter como voltar ao continente porque a maré sobe muito depressa e a correnteza
no local é muito forte. Aves como gaivotas, atobás, biguás e urubus são vistas
com frequência na ilha. Em seu entorno é possível encontrar muitos robalos e
garoupas, moluscos, crustáceos, tartarugas e ouriços; por isso é frequentada
por pescadores e marisqueiros. Em 1902, o cenário exótico foi retratado em tela
a óleo por Benedito Calixto, mas o quadro desapareceu em 1998.
O Parque Estadual Marinho, chamado Laje de Santos,
fica a uma distância de 40 km da costa. Criado
em 1993, foi o primeiro Parque do Estado de São Paulo.
Tem uma área de 5 mil hectares e compreende a
laje, uma formação rochosa que se destaca no mar
com 33 m de altitude, 550 m de comprimento e 185
m da largura, assim como formações rochosas submersas
(parcéis), rochedos conhecidos como calhaus
e um farol de sinalização da Marinha. A visibilidade é
de até 35 metros de profundidade e a grandiosidade de espécies variadas impressiona pela quantidade e
pelo tamanho. É possível nadar na companhia de grandes
anfíbios e peixes, como barracudas, garoupas,
meros, tartarugas, tubarões e, nos meses de inverno,
as arraias-jamantas. Trazidos pelas correntes marinhas
da Antártida, podemos apreciar o gracioso balé
dos lobos-marinhos e dos pinguins. A área também
é repleta de corais, esponjas, estrelas-do-mar, crustáceos,
moluscos, moreias e polvos. A Laje é ainda um
extraordinário sítio reprodutivo de aves como gaivotas,
fragatas, atobás e trinta-réis.
AQUÁRIO MUNICIPAL DE SANTOS
Pioneiro no país, inaugurado em 1945, o Aquário Municipal está em uma área de 3.515 m² e é muito respeitado no mundo científico pelo trabalho realizado por veterinários e biólogos dedicados ao estudo da vida marinha em cativeiro. Também foi pioneiro na reabilitação de pinguins, experiência que norteou a criação do protocolo de atendimento a essa espécie no país e, em parceria com o projeto Tamar, marca as tartarugas para identificação de suas as rotas migratórias. São quatro mil animais expostos em habitats fielmente reproduzidos em 1,1 milhão de litros de água doce e salgada. Onde: praça Luiz La Scalla – Ponta da Praia.
AQUÁRIO MUNICIPAL DE SANTOS
Pioneiro no país, inaugurado em 1945, o Aquário Municipal está em uma área de 3.515 m² e é muito respeitado no mundo científico pelo trabalho realizado por veterinários e biólogos dedicados ao estudo da vida marinha em cativeiro. Também foi pioneiro na reabilitação de pinguins, experiência que norteou a criação do protocolo de atendimento a essa espécie no país e, em parceria com o projeto Tamar, marca as tartarugas para identificação de suas as rotas migratórias. São quatro mil animais expostos em habitats fielmente reproduzidos em 1,1 milhão de litros de água doce e salgada. Onde: praça Luiz La Scalla – Ponta da Praia.
ORQUIDÁRIO MUNICIPAL DE SANTOS
Júlio Conceição, considerado o primeiro orquidófilo do Brasil, quando morreu em 1938 deixou uma coleção de árvores e plantas exóticas e mais de 90 mil orquídeas. Com esse acervo, a Prefeitura construiu em uma área de 24 mil m² um parque no bairro do José Menino e, em 1945, o Orquidário foi inaugurado. Atualmente abriga 450 animais, um centro de zoologia com hospital veterinário, ambulatório e auditório; ministra cursos e palestras, e mantém o interessante jardim sensorial, além dos terrários.
Onde: praça Washington s/n. – José Menino.
JARDIM BOTÂNICO CHICO MENDES
Com 90 mil m² e um acervo vivo de 330 espécies vegetais catalogadas, com destaque para as da Mata Atlântica, da Amazônia, bosques de pau-brasil, árvores de madeira de lei, e 65 qualidades de palmeiras, inclusive a imperial, usada exclusivamente para a arborização da avenida Ana Costa, o Jardim Botânico está distribuído em coleções temáticas, bosques, canteiros de espécies ornamentais, áreas de produção de mudas e três lagos. Conta também com playgrounds, parque infantil e campo de futebol, mesas para piquenique, espaço para atividades educativas, cursos e oficinas para difundir a importância da preservação ambiental, salas de exposições, trilhas ecológicas e ludoteca.
Onde: rua João Fracarolli – Santa Maria.
Referências:
Revista Cidade & Cultura. Edição 2. Disponível: http://www.cidadeecultura.com. Acesso em Setembro de 2018.
Prefeitura Municipal de Santos.Meio Ambiente. Disponível: http://www.santos.sp.gov.br/meio-ambiente. Acesso em Setembro/2018.
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