Santos
é uma cidade com muita riqueza e atividades musicais.
Conta com uma Orquestra
Sinfônica, muitos Festivais sendo que alguns são de repercussão internacional,
concursos de Bandas e Fanfarras, sem falar do Chorinho e Samba que estão muito
bem representados.
Quatro
Universidades na cidade oferecem o curso de graduação em música, e também são
encontradas várias Escolas e Conservatórios musicais.
FESTIVAIS,
CONCURSOS E DEMAIS MOVIMENTOS MUSICAIS DE SANTOS
RIO
SANTOS BOSSA FEST Periodicidade janeiro de cada ano.
Celebrando os
60 anos da Bossa Nova (1958-2018) janeiro de 2018. – Pinacoteca Benedito
Calixto. Santos SP.
SHOWS MUSICAIS
– EXPOSIÇÃO DE FOTOS – EXIBIÇÕES DE FILMES – PALESTRAS
Curiosidade:
você sabia que, em Santos, entre os dias 19 e 25 de janeiro é comemorada a
Semana da Bossa Nova?
O
destaque vai para o show de Danilo Caymmi, realeza da MPB, no Sesc Santos na
véspera de feriado (25 de janeiro).
No
ano em que completa 60 anos de existência, a bossa nova ganhará uma homenagem e
tanto em Santos. Em sua terceira edição, o festival Rio Santos Bossa Fest
promete uma programação ininterrupta entre o próximo dia 19 e 2 de fevereiro.
Shows, exposições, bate-papos e exibições de filmes compõem a grade do evento.
Nas duas primeiras edições, o evento teve apenas quatro dias, mas com uma
participação maior de artistas do Rio de Janeiro.
“Tivemos
que usar a criatividade para conseguir preparar um festival grandioso como
esse. Apesar de termos menos artistas do Rio, conseguimos ampliar a
participação dos músicos da região, envolvemos ainda mais os projetos sociais e
aumentamos de forma considerável o número de dias”, comenta o produtor e
idealizador do evento, Cássio Laranja.
Objetivo:
trazer entretenimento e promover uma agradável confraternização entre os
participantes, de forma acessível e com entrada gratuita para o público da
Baixada Santista por meio de um dos principais alicerces da música popular
mundial musical popular, o JAZZ.
Além
de levar ao público de Santos e região o melhor da produção brasileira do JAZZ,
o festival também irá fazer parte das comemorações do Dia Internacional e
Municipal do JAZZ, comemorados sempre em 30 de abril, em diversas partes do
planeta. Criada em novembro de 2011, pela Agência das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura – UNESCO, apadrinhada pelo pianista e Embaixador da
Boa Vontade da entidade, Herbie Hancock.
O
RIO SANTOS JAZZ FEST está inscrito na UNESCO pelo 5º. ano consecutivo, como
evento oficial do INTERNATIONAL JAZZ DAY 2018, comemorado em 30 de abril e
celebrado em diversas cidades do planeta, colocando o nome da cidade de Santos
no cenário mundial.
Realizado
entre 20 e 30 de abril de 2018 com várias atrações de renome das cidades do Rio
de Janeiro, São Paulo e de Santos, que mostrarão com muita propriedade um
repertório variado no TEATRO DO SESC, no TEATRO COLISEU, no Centro Histórico de
Santos. Como complemento apresentações na Praça Central do PRAIAMAR SHOPPING,
além do Salão Nobre da PINACOTECA BENEDICTO CALIXTO, no MUSEU DO CAFE, no
AUDITÓRIO DA ALIANÇA FRANCESA DE SANTOS, e no COLÉGIO UNIVERSITAS - ENSINO
FUNDAMENTAL e ENSINO MÉDIO. Em 2018, os concertos globais serão realizados também
nas cidades de São Petersburgo na Rússia e Sidney na Austrália.
Em
Santos, foi instituída através de Lei Municipal no. 2.973, de 14 de março de
2014, que inclui no Calendário Oficial do Município, a Semana do Jazz,
comemorada sempre de 24 a 30 de abril.
Realizado
de 26 a 29 de julho de 2018
O
Clube de Jazz foi criado em 2004 para ser um portal de jazz e ocupar um espaço
ainda não preenchido pelos outros sites até então. Agora, doze anos depois, ele
está uma nova versão, agora voltada para atender às demandas atuais por
informações que estão aqui estruturadas em Agenda (Rio, São Paulo, Belo
Horizonte e Outras Cidades) e Notícias (Lançamentos, Entrevistas, Eventos e
Jazz News). O Clube de Jazz amplia o seu campo de atuação, cobrindo não só o
Brasil, mas também a Argentina.
Premia
jovens músicos de 15 a 29 anos de Santos com as melhores apresentações de
músicas de todos os estilos, inéditas e originais durante o Inverno Solidário
(junho, julho), na Arena Santos (Avenida Rangel Pestana, 184, Vila Mathias). Podem
participar bandas de até 6 integrantes ou duplas.
É
uma realização da Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social e Coordenadoria de Políticas Públicas para a Infância e
Juventude, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a Secretaria
Municipal de Comunicação.
FESTIVAL
MÚSICA NOVA "GILBERTO MENDES" Periodicidade Outubro de cada ano.
É
um evento internacional e anual de música contemporânea idealizado pelo Maestro
santista Gilberto Mendes (1922-2016) e realizado desde 1962 em Santos. Produzido
simultaneamente desde 1985 nas cidades de Santos e São Paulo, além de concertos
em Ribeirão Preto e Campinas desde 1992.
Objetivo:
Apresentar peças consagradas e obras inéditas de compositores de todo o mundo,
além de uma parceria com a Academia Livre de Música e Artes (Alma), que tem
como objetivo a divulgação da música erudita entre os jovens.
-
A 50ª edição programada em 23 e24 de outubro de 2018
Local:
Teatro Pedro II, Ribeirão Preto, São Paulo, Teatro Municipal de São Carlos, São
Carlos, São Paulo.
FESTIVAL
MAIS Periodicidade outubro de cada ano.
Festival de Música
Autoral e Independente em Santos (MAIS)
Objetivo
desde 2013 é de criar espaços para apreciação e para troca de experiências somente
entre compositores e músicos da Baixada Santista.
O
Festival Mais já mobilizou cerca de cem artistas e bandas da região em mostras,
festivais, encontros e debates. Só em 2017, o Festival teve 23 atrações ao ar
livre. Já os domingos de Ocupação Mais no Domingo de Lazer (orla) receberam
mais 24 artistas para mostrar suas produções independentes.
FESTIVAL
SOM DE SANTOS: Periodicidade novembro
de cada ano.
Todos
os seis selecionados nas fases eliminatórias para a semifinal irão ganhar a
produção e gravação de um videoclipe, que será feito pelos alunos do curso de
Cinema da Faculdade São Judas Unimonte de Santos SP, e um encarte do single,
feito pelos alunos de Design Gráfico. As bandas e artistas selecionados ganham,
também, um ensaio fotográfico pré-show.
Além
disso, o vencedor da competição ganhará a gravação completa de uma música,
fornecida pelo Estúdio Wave Session, e R$ 1 mil. O segundo lugar ganha quatro
ensaios (pós show), fornecidos pelo Estúdio Wave Session, regulagem de
guitarra, baixo ou violão, e um curso de guitarra online do mestre Luiz
Oliveira. Já o terceiro colocado recebe um ensaio (pós show), fornecido pelo
Estúdio Wave Session, um mês de um curso (de qualquer instrumento) na Escola de
Música Blackbird e acessórios musicais fornecidos pela Musical Store.
BRAVO!
- FESTIVAL DE MÚSICA ORQUESTRAL DE SANTOS - SP
Data:
de agosto a dezembro, seleciona bolsistas da Baixada Santista, que recebem
aperfeiçoamento técnico, vivência musical e intercâmbio cultural com artistas
renomados.
Periodicidade: anual -
2ª Edição em 2017.
Local:
Teatro Coliseu (Rua Amador Bueno, nº 237, Centro - Santos|SP).
Preço:
entrada franca.
Divulgação:
Portal da Prefeitura Municipal de Santos.
OSMS -
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SANTOS –
O conjunto é
formado por 43 instrumentistas profissionais e realizou seu primeiro concerto
oficial em 15 de julho de 1995, no Teatro Municipal Braz Cubas. Apresentando em
média 20 concertos por ano, a finalidade da OSMS é divulgar a música de
concerto, incluindo em seu repertório o que há de melhor na produção brasileira
e mundial, dando ênfase ao repertório clássico e à música do século 20.
Algumas das
principais realizações da orquestra são ‘Balé Baile na Roça’, ‘La Traviata’, as
montagens ‘Prelúdio à Tarde de um Fauno’, El Amor Brujo’ e ‘Sinfônia nº 9, de
Beethoven’. O grupo já recebeu menção da Associação Brasileira de Críticos de
Arte (ABCA), como exemplo de trabalho e qualidade entre as orquestras criadas
no Estado de São Paulo.
O grupo tem
como maestro titular e diretor artístico o maestro Luís Gustavo Petri.
INSTITUTO
ARTE NO DIQUE - FESTIVAL O SOM DAS PALAFITAS – BANDA QUERO.
O
Instituto Arte no Dique desenvolve trabalhos sócio cultural com a população do
Dique da Vila Gilda na Zona Noroeste de Santos - SP.
Tem
a missão de oferecer oportunidade de transformação, desenvolvimento humano e
social a crianças, adolescentes, jovens e adultos por meio da participação de
ações educativas, de geração de renda, meio ambiente e valorização da cultura
popular da comunidade e região, que conta com uma população de 22 mil
habitantes de maior vulnerabilidade social da cidade, vivendo em condições
precárias, em palafitas à beira do mangue, sobre o Rio Bugre.
Com
a participação efetiva da comunidade e a contribuição dos diferentes setores da
sociedade, o que poderia parecer impossível está acontecendo. Atualmente, a
instituição oferece oficinas de percussão, dança, capoeira, teatro,
customização, costura e inclusão digital.
A Filial Internacional
do Instituto Arte no Dique,
inaugurada em 2012, visa promover o intercâmbio cultural entre os países, bem
como desenvolver ações de inclusão social, na França, levando a expertise
adquirida por profissionais que se formaram na matriz do Dique. Lá, contamos
com a coordenação da produtora franco-brasileira Ingrid Farel.
A Filial Baiana do
Instituto Arte no Dique:
Lançada em 1º de agosto de 2014, em cerimônia no Centro de Cultura da Câmara
Municipal de Salvador, busca, entre outros objetivos, realizar o intercâmbio
cultural de profissionais baianos e paulistas em parceria com a Fundação
Gregório de Mattos. A sede ficará localizada no bairro de Cajazeiras, onde
vivem cerca de 100 mil pessoas.
Banda Querô:
Formada na oficina de percussão é o
primeiro produto cultural do Instituto Arte no Dique. Com uma batida própria
que mistura ritmo e harmonia, o grupo criado em 2003, já realizou dezenas de
apresentações pelo Brasil e várias no exterior.
Com forte influência do samba reggae,
vem ganhando notoriedade nos últimos anos, após o lançamento do CD de estreia
“A Arte no Dique”, em 2007, que rendeu três participações na maior festa a céu
aberto do mundo, o carnaval de Salvador.
O
nome Querô é uma homenagem ao personagem principal de “Querô, uma reportagem
maldita”, do dramaturgo santista Plínio Marcos. O presidente do projeto, José
Virgílio Leal de Figueiredo, avalia que a banda Querô “representa o objetivo do
Arte no Dique de formar mão de obra para a arte, a cultura e o entretenimento”.
CONCURSO
DE BANDAS E FANFARRAS DE SANTOS – SP
Por Marcio
Mazzi Morales - 14/07/2018
O 3º Concurso
Oficial de Bandas e Fanfarras ocorreu em Santos, no litoral de São Paulo, no
último domingo (08 de julho). O desfile aconteceu na Avenida Conselheiro
Nébias, no sentido praia-Centro, no trecho entre a Av. Bartolomeu de Gusmão e
Rua Epitácio Pessoa, no Boqueirão.
O evento teve a
participação de grupos da Baixada Santista, Litoral Norte paulista e da Grande
São Paulo. Integraram os desfiles 15 corporações musicais, sendo dez
concorrentes e cinco convidadas, reunindo cerca de 1 mil participantes.
As disputas
ocorreram nas categorias Banda de Percussão Sênior, Banda Marcial Infanto
juvenil, Livre Sênior e Banda Marcial Sênior. A categoria infanto juvenil
contempla jovens com até 18 anos. Já a sênior é destinada a pessoas com mais de
18 anos. Os grupos serão avaliados por júri especializado nos quesitos
Apresentação, Aspecto Musical, Linha de Frente, Baliza e Mor.
Convidada
Especial – Banda da 1ª Brigada Militar de Artilharia Antiaérea
Convidada
Especial – Banda de Música Voluntários da Reserva – Santos
Categoria
Banda de Percussão Sênior
UME José Carlos
de Azevedo Júnior – Santos
Banda Ângelos
do Esmeraldo – São Vicente
Categoria
Banda Marcial Infanto juvenil
BAMALO – Banda
Marcial de Louveira – Louveira
Banda Marcial
José da Costa Sobrinho – Santos
Convidada
Especial – Banda dos ex-alunos do Colégio Bilac – SP
Cateogoria
Livre FAMCAL
Fanfarra
Municipal Comunidade Alaor – Caraguatatuba
Banda Musical
do Lar das Moças Cegas – Santos
Convidada
Especial – Banda Marcial Municipal de Cubatão
Categoria
Banda Marcial Sênior
UME – Prof.
Florestam Fernandes – Santos
COMUSV –
Associação Amigos da Corporação Musical de São Vicente – São Vicente
Banda
Professora Alcina Dantas Feijão – São Caetano
Banda Municipal
de Itanhaém – Narciso de Oliveira Filho – Itanhaém
Convidada
Especial – Banda Família do Bem – Santos
CARNAVAL
E SAMBA
Segundo
J. Muniz Junior (jornalista, pesquisador e escritor) Santos é uma cidade
batuqueira e carnavalesca por excelência, isso desde o tempo dos escravos que
havia o batuque. Depois, no século 18, tinha a festa de São Gonçalo, realizada
em fevereiro, misturava escravo com branco, iam para a rua para festejar.
Depois, no século 19, começaram a surgir os primeiros movimentos carnavalescos,
com os bailes de máscaras no Largo da Coroação (Rua Dom Pedro II com Praça
Mauá). Santos sempre teve um Carnaval forte e, no fim do século, vieram as
sociedades carnavalescas. O Clube XV foi fundado como sociedade carnavalesca.
Elas desfilavam com carruagens majestosas, com moças da sociedade. Isso por
volta de 1880.
COMO TUDO COMEÇOU:
Quintino
de Lacerda (1839 – 1898) Chefe do Quilombo do Jabaquara, foi o mais atuante
agitador da abolição dos escravos no litoral Paulista, garantindo abrigo a
escravos fugitivos de toda a região do planalto, que aqui buscavam defesa.
Em
1850 haviam 3.189 escravos em Santos, para uma população livre de 3.956
habitantes e no dia 13 de maio de 1888 (dia da libertação dos escravos) seguiram-se
oito dias de festa populares, comícios, passeatas músicas e dança nas ruas de
Santos.
Fonte:
Historiadora de Santos Wilma Therezinha Fernandes de Andrade. http://www.afrodescendente.com.br/quintino_lacerda.htm
No
dia 14 de fevereiro de 1858 ocorreu o primeiro baile carnavalesco em Santos,
data em que foi também criada a Sociedade Carnavalesca Santista. Nesta data
ocorre o fim das festividades violentas do ENTRUDO (espécie de comemoração de
influência lusitana que ocorrida nos três dias que antecediam o período de
Quaresma). A partir daquele ano, a população santista passou a comemorar o
Carnaval de forma mais civilizada, através de bailes de máscaras e um festejo
conhecido como CONGRESSO.
*Supõe-se
que o Entrudo aparece em nossa região bem antes de 1532 (ocasião da chegada de
Martim Afonso de Souza ao Brasil), com João Belbode Maldonado (João Ramalho), e
difundido entre os índios que por aqui habitavam. (http://www.novomilenio.inf.br/cubatao/ch025.htm )
No
período carnavalesco, as ruas de Santos se enchem até hoje de gente que
participa dos blocos carnavalescos que surgiram em substituição aos antigos desfiles,
que traziam críticas à sociedade e à política.
Os
grupos, blocos e bandas dominaram os carnavais santistas. Centenas deles
existiram ao longo dos tempos, deixando marcas importantes e servindo de
nascedouro para eventos como a famosa patuscada “Dona Dorotéia, Vamos Furar
Aquela Onda? “, criada em 1923 e que se tornou um ícone da Folia de Momo na
cidade de Santos.
Na
década de 50 o carnaval de Santos era considerado o segundo melhor do país,
perdendo apenas para o do Rio de Janeiro. Nos anos 60, a imprensa destacava o
enorme número de paulistanos que se dirigia a Santos durante o Carnaval, em
destaque o bloco Dona Dorotéia, o Cruz de Malta, que na categoria dos blocos
organizados, foi octacampeão entre 1960 e 1967.
Em
1967, foi promovido na cidade o I Campeonato Estadual de Escolas de Samba com
participação de agremiações de Santos, da Capital São Paulo, entre outros. Em
1968, participaram do II Campeonato Estadual de Escolas de Samba as escolas
X-9, Brasil e Império (de Santos); Lavapés, Nenê e Peruche (de São Paulo);
Acadêmicos da Vila Paulista (de Ribeirão Preto) e Ubirajara (de Campinas);
sendo o desfile realizado na Praia do Gonzaga no sábado de carnaval. Ainda em
1968, entre os blocos organizados, além do Cruz de Malta, tiveram destaque no
desfile realizado no domingo, na praia e na Rua Conselheiro Nébias (Boqueirão),
os blocos Agora Vai, Esmeraldas e Bola Alvinegra, sendo este último ligado ao
Santos Futebol Clube.
Com
o tempo o carnaval de São Paulo cresceu e o de Santos foi minguando, chegando
mesmo ter sido suspenso os desfiles de escolas de samba durante a década de
2000.
Algumas
das escolas santistas participaram do Carnaval Paulistano. A Brasil de Santos,
por exemplo, já chegou a ser campeã do Carnaval de São Paulo, além de vencer o
Carnaval Regional. Já a escola X-9 é conhecida por ter inspirado os sambistas
que fundaram a X-9 Paulistana.
Todos
estes fatos deram origem ao CONSELHO
DO SAMBA EM SANTOS que foi institucionalizado em 1985, pela Lei
Municipal 278/85, mas iniciou suas atividades efetivamente somente em 2013, ao
ser integrado ao estatuto da liga das escolas de samba.
Entre
suas missões estão a preservação das tradições, a formação de novas gerações de
sambistas e a valorização do legado das escolas de samba da Cidade, além da
promoção das atividades da Embaixada do Samba, que reúne ex-Cidadãos e
Cidadãs-Samba, além de outros sambistas patenteados em reconhecimento às ações
realizadas em prol da cultura popular.
Baixada
Sambista é um movimento de compositores da Baixada Santista em São Paulo
Por Marcelo
Faria
Santos
e região é conhecido por ser o berço de muitos artistas nos mais diversos
segmentos, mas no samba, o terreno é muito fértil, com um cenário recheado de
ótimos músicos, intérpretes e compositores.
O
projeto “BAIXADA SAMBISTA” surge como uma vitrine para exposição de nossa
produção musical, uma forma de valorizar o trabalho de profissionais que há
tempos movimentam o mundo do samba aqui na Baixada Santista. Conta com um
registro de obras escritas por compositores da região através de material
audiovisual, com produtores, arranjadores e músicos locais. Um trabalho de
pesquisa visando o coletivo, uma imersão no universo criativo para incentivar e
promover a produção artística da região.
São
treze sambas de autoria de compositores da Baixada Santista, interpretados por
seus autores ou por convidados, e executados por músicos locais. Cita Alex
Cortez, produtor.
O projeto conta
com cerca de 32 (trinta e dois) compositores e 14 (quatorze) músicos. Além de 4
(quatro) intérpretes que foram convidados a participar do projeto.
O
conceito do projeto é de uma roda de samba, com percussão geral, cordas e sopro.
Todos os sambas passaram por uma pré-produção em estúdio e posteriormente foram
registrados em vídeo no mês de abril de 2018, no Clube dos Ingleses em
Santos-SP, com a presença de convidados.
CHORINHO
A
abolição do tráfico de escravos, em 1850, provocou o surgimento de uma classe
média urbana (composta por pequenos comerciantes e funcionários públicos,
geralmente de origem negra), segmento de público que mais se interessou por
esse gênero de música.
Clube do Choro em Santos
Fundado
em 23 de abril de 2002, na data em que se comemora o Dia Nacional do Choro, em
homenagem a Pixinguinha por um grupo de amigos apaixonados pelo estilo musical.
A inauguração aconteceu nas dependências do bar e lanchonete do SESC Santos.
O
Clube é direcionado para admiradores do choro em geral, tanto artistas que
tocam chorinho ou para o público que quer conhecer melhor o estilo musical,
visando agregar os conjuntos de choro da região da Baixada Santista, um pouco
dispersos, e também para que o público - principalmente o jovem - possa tomar
contato com o Choro, que é considerado o primeiro estilo de música popular
urbana do Brasil, totalmente alijado desse processo cultural, em razão da
comercialização e da banalização da música popular.
REPRESENTANTES
MUSICAIS ILUSTRES DE SANTOS
(Hilda Campos
Soares da Silva) 1/set/1920, Santos, SP - 29/4/1984, São Paulo, SP
Começou
sua carreira aos 12 anos, quando se apresentou no programa Hora Infantil, da
Rádio Clube de Santos, SP. Logo foi chamada para um teste, que lhe valeu um
contrato e o espaço para atuar no programa noturno daquela emissora.
Seu
forte, desde então, eram as interpretações para os foxes estrangeiros. Recebeu
então o pseudônimo de "Hildinha, a Princesa do Fox". Transferiu-se em
1935 para a Rádio Atlântica, também em Santos. Nessa ocasião, adotou seu famoso
nome artístico “Leny” sugerido pelo produtor Carlos Baccarat e passou a cantar
apenas em inglês.
Em
1936, foi para o Rio de Janeiro, onde fez uma temporada de três meses na Rádio
Tupi. Atuou em shows no Copacabana Palace Hotel e no Cassino da Urca. Em 1937,
assinou contrato com a boate Night and Day, casa noturna inaugurada no último
andar do Edifício Martinelli, em São Paulo.
Nas
décadas de 1940 a 1970 Atuou em várias rádios em São Paulo, principalmente nas
Rádios Bandeirantes e Cultura, trabalhou em boates e cassinos de São Paulo e
Guarujá, fez turnê pela Argentina e Estados Unidos, gravou LPs em vários
idiomas decorando as letras com sua pronúncia perfeita,
mesmo não falando o idioma. Em 1958, fez apresentação no Olympia de Paris,
França. Em 1960 foi a primeira cantora brasileira a cantar em Las Vegas permanecendo em cartaz por dois anos.
Foi uma das pioneiras do rock no
Brasil, gravando em 1960, os rocks "Carina", de Paes e Testa, com versão
de Bruno Marnet. Em 1970, fez show no Canecão, Rio de Janeiro. Passou por
sérios problemas pessoais e de saúde a partir do início dos anos de 1970,
ocasião em que seu marido saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. A
cantora, a partir de então, ficou deprimida e foi aos poucos perdendo a saúde.
Em
1983, ainda fez uma participação no programa televisivo "Show Sem
Limite", de J. Silvestre. Vítima de diabetes, antes de falecer em 24 de
abril de 1984 aos 64 anos, chegou a ter as duas pernas amputadas.
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Gilberto
Mendes (1922 – 2016)
Compositor,
regente orquestral e professor. Foi um dos pioneiros da música concreta no
Brasil.
Gilberto
Ambrosio Garcia Mendes nasceu no dia 13 de outubro de 1922 em Santos SP.
Iniciou seus estudos de música aos 18 anos, no Conservatório Musical de Santos.
Praticamente autodidata, compôs sob orientação de Cláudio Santoro e Olivier
Toni. Frequentou o Ferienkurse fuer Neue Musik de Darmstadt, na Alemanha, em
1962 e 1968.
Bastidores da
criação musical de Gilberto Mendes Por: Rosemara Staub de Barros Zago
Departamento de
Artes da UFPR Revista Eletrônica de Musicologia Vol. 5, no. 1 / Junho de 2000
Nasceu
em Santos 1922, iniciou estudos em música aos dezoito anos e se considera um
compositor autodidata de vanguarda, por não percorrer todos os ensinos que a
academia de ensino musical oferecia. Mendes é responsável pela criação e
organização, desde 1963, do Festival Música Nova, na cidade de Santos, SP, um
evento muito conhecido na América Latina, com destaque pela ênfase nas
manifestações musicais de tendência atonal, serial e eletroacústica de
compositores de vanguarda, como John Cage, Stockhausen, Luciano Berio, Luigi
Nono, Pierre Boulez, entre outros.
Em 1962, juntamente com os compositores
Willy Corrêa de Oliveira, Damiano Cozzella e Rogério Duprat, participou dos
cursos de férias na cidade de Darmstadt. O principal local de se falar, ouvir e
aprender as técnicas composicionais musicais de vanguarda, onde marcaram
presença Boulez, Berio, Messiaen, Stockhausen e outros. De volta ao Brasil, o
desejo de Gilberto é de "construir uma linguagem musical particular, e não
seguir as linguagens dos outros, sobre tudo do Velho Mundo. A lição de
vanguarda fora aprendida, mas a aplicação deveria levar em conta o homem novo
que éramos, naturalmente, como habitantes do Mundo Novo", (Gilberto
Mendes, 1994) e lançou o Manifesto Música Nova que torna-se a partir de então
um marco decisivo para as efervescências culturais, possibilitando os desvios e
a evolução dos conhecimentos tanto para a sociedade como um todo, como para
cada músico participante. A partir do lançamento do Manifesto, a normalização
tão arraigada da cultura musical do Brasil foi mais forte, impedindo mudanças
de hábitos. Vários músicos que assinaram este manifesto deixaram de compor a
partir dos novos parâmetros propostos. Não é o caso de Gilberto Mendes
O
maestro e produtor musical Gilberto Mendes morreu em 01.01.2016, aos 93 anos,
em Santos devido complicações coronarianas de um infarto e da asma.
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Haroldo
Lara (cantor lírico) (1934 – 2015)
Haroldo de Melo
Lara foi descoberto pelo governo italiano e recebeu um convite para estudar
canto lírico, em Roma. Apresentou-se e m
todo o mundo.
Nasceu em Santos, 9 de
junho de 1934 — Santos, 4 de janeiro de 2015
Atleta
de natação e cantor lírico brasileiro, Haroldo Lara começou a nadar no Clube Saldanha
da Gama em Santos SP e se especializou na prova dos 100 metros nado livre,
quando foi campeão paulista, brasileiro e sul-americano no período entre 1949 e
1956, estabelecendo diversos recordes nos 100, 200 e 400 metros livre. Foi
tricampeão da Travessia do Canal a Nado de Santos.
Tinha
o hábito de cantar no chuveiro após os treinos.
Participou
dos Jogos Olímpicos de Verão de 1952 em Helsinque, onde nadou a prova dos 100
metros nado livre, ficando com o quinto melhor tempo, e o revezamento 4x200
metros nados livre. Também participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 1956 em
Melbourne, ficando com o quarto lugar nos 100 metros livre.
Dono
de uma voz de timbre privilegiado, foi descoberto pelo governo italiano durante
uma apresentação informal na Austrália em 1957, recebendo convite para estudar
canto lírico no Conservatório Santa Cecília, em Roma; abandonou então a natação
e iniciou a carreira de cantor. Para se sustentar em Roma, dava aulas de
natação. Apresentou-se em todo o mundo.
Morou
nos Estados Unidos por doze anos e, depois, retornou à Itália. Em 2004, recebeu
o título honorário de Cavalieri Della Republica do governo italiano, por sua
contribuição para a música clássica.
Haroldo
morreu aos 80 anos, vítima de complicações de um AVC. Seu sepultamento ocorreu
no dia 5 de janeiro de 2015, no Memorial Necrópole Ecumênica.
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Almeida
Prado (1943 – 2010)
Academia
Brasileira de Musica : http://www.abmusica.org.br/noticia.php?n=almeida-prado-catalogo-de-obras&id=69
Foi um dos
maiores expoentes da música erudita no Brasil.
Ao
retornar ao Brasil assumiu a direção do Conservatório de Música de Cubatão. Em
1974 foi nomeado professor de
composição da Universidade de Campinas, da qual
foi diretor do Instituto de Artes entre 1981 e 1987. Na UNICAMP, em 1986,
defendeu sua tese de doutorado, “Cartas celestes, uma uranógrafa sonora
geradora de novos processos composicionais”, tendo como objeto de estudos suas
Cartas Celestes para piano, uma das mais importantes obras do século xx para
piano. Manteve por vários anos o programa de música contemporânea intitulado
“Caleidoscópio” na Rádio Cultura de São Paulo.
Na
década de 80 realizou o curso das “32 Sonatas para piano de Beethoven”, e em
Campinas, no Rio de Janeiro e em São Paulo, ministrou diversos cursos sobre os
grandes compositores, como Mozart, Chopin, Wagner, sobre música brasileira,
abordando especialmente Villa-Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernândez,
Carlos Gomes, e também os contemporâneos a ele, como Camargo Guarnieri, Osvaldo
Lacerda, Edino Krieger, Ronaldo Miranda, Theodoro Nogueira, Ricardo Tacuchian,
Mario Ficarelli, entre outros. Em 1991, realizou curso intensivo na Academia
Brasileira de Música, abordando sua obra, com ênfase nos aspectos
composicionais.
Seu
catálogo de obras é volumoso e abrange diversos gêneros e formações. Recebeu
inúmeros prêmios como os da Associação Paulista de Críticos de Arte, da Boston
Foundation (1973) pela Sinfonia nº 1, Prêmio Independência do Brasil (1972) com
a peça Trajetória da Independência, Prêmio Nacional da Música do Ministério da
Cultura (1995) e primeiro prêmio no IX Concurso de Composição Frances Civil, de
Girona, Espanha (1996). Recebeu, em 1997, encomenda da Prefeitura da Cidade do
Rio de Janeiro para a composição da Fantasia para violino e orquestra por
ocasião da visita do Papa João Paulo II ao Brasil. Para o Ministério da Cultura
escreveu Cartas Celestes no8 - Oré Jacy-Tatá, para violino e orquestra, em
comemoração aos 500 anos do Brasil em 2000. Da Fundação Vitae recebeu, em 2001,
bolsa para a composição do Concerto nº 2 para piano e orquestra.
Almeida Prado faleceu com 67 anos na cidade de
São Paulo, em 21 de novembro de 2010.
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Renato Teixeira
de Oliveira (Santos, 20 de maio de 1945) é um compositor e cantor brasileiro.
Site oficial http://www.renatoteixeira.com.br/site/bio/
Teixeira
é autor de mais de 124 conhecidas canções, como "Romaria" (grande
sucesso na gravação de Elis Regina, em 1977), "Tocando em Frente" (em
parceria com Almir Sater, gravada também por Maria Bethânia), "Dadá
Maria" (em dueto com Gal Costa), "Frete" (tema de abertura do
seriado Carga Pesada, da Rede Globo, além de "Amanheceu", também
criou, junto com Sérgio Mineiro e Sérgio Campanelli o jingle "Balas de
leite Kids", entre outros.
Em
1990, apresentou o programa Tom Brasileiro na Rede Record, no qual, além de
cantar, apresentava artistas que valorizavam a música nacional. Recentemente,
Renato Teixeira compôs a música "Rapaz caipira", como crítica à atual
música sertaneja de consumo, fazendo renascer a expressão
"música
caipira". É um defensor aberto da música de raiz, caipira, que ainda
sobrevive apesar dos desvios da música sertaneja. Em 2010 gravou Amizade
Sincera em parceria com seu amigo de longa data e outro bastião do gênero
caipira, Sérgio Reis.
Em
dezembro de 2015, Renato Teixeira e Almir Sater lançaram o álbum AR nas
plataformas digitais. Apesar de parceiros musicais e amigos de longa data, foi
a primeira vez que os artistas realizam um projeto juntos. Gravado entre o
Brasil e Nashville, Estados Unidos, com produção do norte-americano Eric
Silver, o álbum traz 10 músicas inéditas compostas pela dupla. Os artistas
navegam pelas vertentes do country ao folk, sem perder sua essência, agregando
ao purismo da música caipira e seus ritmos genuínos. Por este álbum, Almir e
Renato ganharam em 2016 os prêmios de melhor dupla regional na 27.ª edição do
Prêmio da Música Brasileira e de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raizes
Brasileiras no 17.º Grammy Latino. A música do álbum "D de Destino",
composta por Almir, Paulo Simões e Renato, foi indicada ao prêmio de Melhor
Canção em Língua Portuguesa do Grammy.
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TULIPA
RUIZ (1978 ....)
Meredith Monk e Yoko Ono, além de Joni Mitchell.
Depois
que voltou para a capital paulista, trabalhou quase dez anos como jornalista.
Nos últimos anos, passou a abraçar os desenhos – outra paixão de criança – e,
ao criar seu Myspace, resolveu entrar para a música e colocou algumas canções
na página. Foi o suficiente para abraçar a ideia, começar a fazer shows.
Participou de shows como DonaZica, Trash Pour 4, Júnio Barreto, Ortinho,
Projeto Cru, Na Roda, Tiê, Nhocuné Soul e Cérebro Eletrônico. Fez desenhos para
livros infantis, agendas, capas de discos e cartazes de shows. Interessa-se por
gravações em campo, texturas, ruídos, bordados e cantigas de ninar.
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CURIOSIDADES
História:
Bossa Nova - Musica Popular Brasileira MPB - Reggae – Rock – Samba - Sertanejo.
Postado em
24/09/2013 Por Coral Toccata Categories: Curiosidades sobre Música
A
palavra Bossa apareceu pela primeira vez na década de 1930, em Coisas Nossas,
samba do popular cantor Noel Rosa: O samba, a prontidão /e outras bossas, /são
nossas coisas(…).
A expressão Bossa Nova passou a ser utilizada também na
década seguinte para aqueles sambas de breque, baseado no talento de improvisar
paradas súbitas durante a música para encaixar falas.
Derivado
do samba e com forte influência do jazz, a Bossa Nova é um movimento da música
popular brasileira do final dos anos 50 lançado por João Gilberto, Tom Jobim,
Vinícius de Moraes e jovens cantores e/ou compositores de classe média da zona
sul carioca. De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar e
tocar samba naquela época. Com o passar dos anos, a Bossa Nova tornou-se um dos
movimentos mais influentes da história da música popular brasileira, conhecido
em todo o mundo, um grande exemplo disso é a música Garota de Ipanema composta
em 1962 por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim.
Seu
legado é valioso, deixando várias joias da música nacional, dentre as quais
Chega de Saudade, Garota de Ipanema, Desafinado, O barquinho, Eu Sei Que Vou Te
Amar, Se Todos Fossem Iguais A Você, Águas de março, Outra Vez, Coisa mais
linda, Corcovado, Insensatez, Maria Ninguém, Samba de uma nota só, O pato, Lobo
Bobo, Saudade fez um Samba.
O
termo “Música Popular Brasileira” (MPB) já era utilizado no início do século XX, sem
entretanto definir um movimento ou grupo de artistas. No ano de 1945, o livro
“Música popular brasileira”, de Oneyda Alvarenga, relaciona o termo a
manifestações populares, como o bumba-meu-boi.
No
I Festival de Música Popular Brasileira em 1965 (TV Excelsior, Guarujá-SP) a
música Arrastão de Vinícius de Moraes e Edu Lobo foi defendida por Elis Regina.
A partir dali, difundiram-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como
Geraldo Vandré, Taiguara, Edu Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam
com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas,
eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de
Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada, de Geraldo Vandre, e
A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura entre a Bossa
Nova e sua mutação para MPB.
Assim,
a Música Popular Brasileira (MPB) é um gênero musical brasileiro que surgiu a
partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova. Na prática, a sigla MPB
anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes, a Bossa
Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União
Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação musical e os
segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira.
Seus propósitos se
misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente
ampla cultural contra o regime militar. Depois, a MPB passou abranger outras
misturas de ritmos como a do rock, soul e o samba, dando origem a um estilo
conhecido como samba-rock, tendo como artistas famosos Gilberto Gil, Chico
Buarque e outros. No fim da década de 1990 ocorre a mistura com a música latina
influenciada pelo reggae e o samba, dando origem a um gênero conhecido como
Samba reggae.
Nas
décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que
recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do Rock, do Punk e da New
Wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock
nacional, com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais,
juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo
Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude,
Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho.
Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia
Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.
Os
anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou
country. Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário
musical: Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e
João Paulo e Daniel. Nesta época, no cenário rap destacam-se:
Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9. O século
XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o
público jovem e adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas
e CPM 22.
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Charlie
Brown Jr. Alexandre Magno Abrão
Foi
uma banda brasileira de pop rock formada em Santos no ano de 1992. As canções
da banda misturavam vários gêneros musicais como o hardcore punk, reggae, rap,
rock alternativo e skate punk, criando assim um estilo próprio e original. Suas
letras faziam diversas críticas à sociedade, além de uma abordagem da
perspectiva do universo jovem contemporâneo. Todos os membros da banda eram
naturais da cidade de Santos, exceto o vocalista Chorão, que nasceu em São
Paulo e em 1987 com 17 anos mudou-se para Santos. no dia 6 de março de 2013,
Chorão, o vocalista do grupo, morreu em seu apartamento em São Paulo devido a uma overdose de cocaína e
álcool.
Em
julho de 2015, um levantamento da plataforma de streaming Deezer revelou que o
Charlie Brown Jr. é a segunda banda brasileira de rock mais ouvida no exterior,
atrás apenas do Sepultura. Em setembro de 2015, levantamento similar da
Billboard Brasil divulgou uma lista similar com 47 brasileiros, e o Charlie Brown
Jr. apareceu na 31a posição, o quarto grupo (depois do Sepultura, Natiruts e
Tribalistas).
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